Respiração
Celular
Respiração Celular é o processo bioquímico que ocorre na célula para obtenção de energia, essencial para as funções vitais.
Acontecem
reações de quebra das ligações entre as moléculas liberando energia. Pode ser
realizado de duas formas: a respiração aeróbica (na presença do gás oxigênio do
ambiente) e a respiração anaeróbica (sem o oxigênio).
Respiração Aeróbica
A
maioria dos seres vivos utiliza esse processo para obter energia para suas
atividades. Através da respiração aeróbica é quebrada a molécula de glicose, produzida na fotossíntese pelos organismos produtores e obtida através da
alimentação pelos consumidores.
Pode
ser representada resumida na seguinte reação:
C6H12O6 +
6 O2 ⇒ 6 CO2 + 6 H2O + Energia
O processo não é assim tão simples, na realidade, ocorrem diversas reações das
quais participam várias enzimas e coenzimas
que realizam sucessivas oxidações na molécula da glicose até
o resultado final, em que é produzido gás carbônico, água e moléculas de ATP
que carregam a energia.
O
processo é dividido em três etapas para ser melhor compreendido, que são: a
Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória.
Glicólise
A
glicólise é o processo de quebra da glicose em partes menores, liberando
energia. Essa etapa metabólica acontece no citoplasma da célula enquanto as
seguintes são dentro da mitocôndria.
A glicose (C6H12O6) é quebrada em duas moléculas menores de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3).
Acontece em diversas etapas oxidativas envolvendo enzimas livres no
citoplasma e moléculas de NAD, que fazem a desidrogenação das
moléculas, ou seja, retiram os hidrogênios a partir dos quais serão doados os
elétrons para a cadeia respiratória.
Por
fim, há um saldo de duas moléculas de ATP (carregadoras de energia).
Ciclo de Krebs
Nessa
etapa cada piruvato ou ácido pirúvico, originado na etapa anterior, entra na
mitocôndria e passa por uma série de reações que resultarão na formação de mais
moléculas de ATP.
Antes mesmo de iniciar o ciclo, ainda no citoplasma, o piruvato perde um
carbono (descarboxilação) e um hidrogênio (desidrogenação) formando o grupo acetil [CH3−C(=O)−] e se une à coenzima A,
formando acetil CoA.
Na mitocôndria, a acetil CoA se
integra em um ciclo de reações oxidativas que
irão transformar os carbonos presentes nas moléculas envolvidas em CO2(transportado pelo sangue e eliminado na respiração).
Através dessas sucessivas descarboxilações das
moléculas será liberada energia (incorporada nas moléculas de ATP) e haverá
transferência de elétrons (carregados por moléculas intermediárias) para a
cadeia transportadora de elétrons.
Fosforilação Oxidativa
Essa
última etapa metabólica, chamada de fosforilação oxidativa ou cadeia
respiratória, é responsável pela maior parte da energia produzida ao longo do
processo.
Há transferência de elétrons provenientes dos
hidrogênios, que foram retirados das substâncias
participantes nas etapas anteriores. Com isso, são formadas moléculas de água e
de ATP.
Há muitas moléculas intermediárias presentes
na membrana interna de células (procariontes) e na crista mitocondrial
(eucariontes) que participam nesse processo de transferência e formam a cadeia de transporte de elétrons.
Essas
moléculas intermediárias são proteínas complexas, tais como o NAD, os
citocromos, a coenzima Q ou ubiquinona, entre outras.
Respiração Anaeróbica
Em
ambientes onde o oxigênio é escasso, como regiões marinhas e lacustres mais profundas, os
organismos precisam utilizar outros elementos para receber os elétrons na
respiração.
É o
que fazem muitas bactérias que utilizam compostos com nitrogênio, enxofre,
ferro, manganês, entre outros.
Certas bactérias são incapazes de realizar a
respiração aeróbia pois não possuem as enzimas que
participam do ciclo de Krebs e da cadeia respiratória.
Esses seres podem até morrer na presença do oxigênio e são chamados anaeróbios estritos, um
exemplo é a bactéria causadora do tétano.
Outras bactérias e fungos são anaeróbicos facultativos,
pois realizam a fermentação como processo alternativo
à respiração aeróbica, quando não existe oxigênio.
Na
fermentação, não há a cadeia transportadora de elétrons e são substâncias
orgânicas que recebem os elétrons.
Há
diferentes tipos de fermentação que produzem compostos a partir da molécula de
piruvato, por exemplo: o ácido lático (fermentação lática) e o etanol
(fermentação alcoólica).
Respiração Celular
Reviewed by Celso Rui
on
abril 29, 2020
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